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Mostrando postagens com o rótulo Bolsonarismo

Combate à corrupção: que fim levou? | com Rogério Arantes | 150

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“Queria dizer a essa imprensa maravilhosa, nossa, que eu não quero  acabar com a Lava Jato… Eu acabei com a Lava Jato porque não tem mais  corrupção no governo”, disse Jair Bolsonaro em outubro de 2020 .   Essa declaração ocorreu depois que Sergio Moro já havia deixado o  Ministério da Justiça, após acusar Bolsonaro de interferir na Polícia  Federal.   O fato é que desde então, de fato a Lava Jato acabou, bem como deixou de  existir uma Procuradoria Geral da República independente, pois Augusto  Aras, o PGR, é um serviçal de Bolsonaro.   O presidente também nomeou para o Supremo Tribunal Federal dois sabujos -  Kássio Nunes Marques e André Mendonça - que decidem sempre de forma a  favorecer o Poder Executivo.   Qual o tamanho do desmonte bolsonaresco das estruturas de combate à  corrupção? De que forma toda a construção institucional pós-1988 e,  principalmente, pós-2003 foi desmontada pelo bolsonarismo?   Para discutir esse tema , este #ForadaPolíticaNãoháSalvação rece

A estigmatização do PT e o irracionalismo na eleição | publicado originalmente no Nexo Jornal em 02.10.2018

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  A estigmatização do PT e o irracionalismo na eleição Cláudio Couto     O Partido dos Trabalhadores cometeu muitos erros dos quais ainda não se retratou. Porém, entre esses erros não está o extremismo   Nesta eleição presidencial, em que se desenha de forma praticamente irreversível uma nova bipolaridade – entre a extrema direita encarnada por Jair Bolsonaro e a esquerda representada pelo PT –, há um aspecto do debate político que sobressai. Trata-se da equiparação entre os dois polos, como se eles fossem realmente similares, sintetizada na ideia de que se trata de uma disputa “entre dois extremos”. A ideia dos “dois extremos” vem sendo repetida por diversos atores: adversários das duas candidaturas favoritas, jornalistas, acadêmicos e eleitores comuns. Essa ideia, contudo, faz pouco sentido diante das evidências factuais. Se considerarmos somente os aspectos negativos dos 13 anos do PT no govern

A religião distrai os pobres? | com Victor Araújo | 147

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Há um fenômeno político que, ao menos desde a eleição de 2018, tem chamado a atenção de analistas, estudiosos e do público em geral: a força de Jair Bolsonaro no eleitorado evangélico. Naquela eleição estima-se que cerca de 70% do voto evangélico foi para Bolsonaro, tendo um peso importante em sua vitória nas urnas. Em 2022 esse número caiu, mas ainda assim é alto: pouco mais de 50% dos evangélicos declaram que votarão para reeleger o presidente. O fenômeno, contudo, não é tão novo. A tendência conservadora, ou mesmo ultraconservadora, de grande parte do eleitorado evangélico se tem verificado em seguidas disputas eleitorais, nos três níveis de governo. O que explica esse fenômeno? E por que mesmo os evangélicos mais pobres têm esse viés conservador no voto, inclusive ao ponto de rechaçar partidos e políticos mais simpáticos a políticas de redistribuição da riqueza? É sua religiosidade que explica tal comportamento eleitoral? Para entender o fenômeno este #ForadaPolítica

O primeiro turno na reta final | com Lara Mesquita & Rafael Cortez | 146

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As eleições de 2022 se aproximam de um momento decisivo, entrando na  última semana de campanha antes do primeiro turno. Todas as atenções se voltam à disputa presidencial, pois diversas  pesquisas apontam a possibilidade de Lula vencer ainda no primeiro  turno.  A possibilidade aumenta com novos apoios ao ex-presidente vindo até de  opositores outrora ferrenhos, como Miguel Reale Jr., autor do pedido de  impeachment de Dilma Rousseff.  Reiteradas ameaças à democracia perpetradas por Jair Bolsonaro,  inconformado com uma provável derrota, alarmam setores políticos e  sociais, dentro e fora do Brasil.  O que se pode esperar dessa disputa que se avizinha? E as demais  eleições, para o Congresso e governos estaduais, que se pode esperar  delas?  Para discutir esses temas este #ForadaPolíticaNãoháSalvação recebe dois cientistas políticos, especialistas em questões eleitorais.  Uma é Lara Mesquita , professora da FGV EESP, pesquisadora do FGV CEPESP e do CEBRAP.  Outro é Ra

Mulheres no centro da disputa | com Camila Rocha | 145

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Já era sabido há muito tempo que uma das maiores fragilidades eleitorais  de Jair Bolsonaro estava no eleitorado feminino, em que sua rejeição é  muito alta. Diante dessa vulnerabilidade, a campanha bolsonarista procurou acenar a  esse eleitorado, principalmente pelo engajamento da primeira-dama,  Michelle.  Toda essa estratégia, contudo, foi prejudicada pela misoginia  incontrolável de Bolsonaro, externalizada no violento ataque verbal à  jornalista Vera Magalhães no primeiro debate presidencial. Não bastasse, ao tentar consertar o problema, o presidente proferiu  novas declarações de cunho machista – o que só piorou as coisas. Por fim, um deputado estadual bolsonarista, Douglas Garcia, repetiu os  mesmos ataques a Vera Magalhães por ocasião do debate entre os  candidatos ao governo paulista. Essa imitação da conduta presidencial prejudicou a imagem do títere de  Bolsonaro no Estado, Tarcísio de Freitas, com respingos para a campanha  presidencial.    Para entender tal