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Mostrando postagens com o rótulo Política Brasileira

As pesquisas erraram? | com Andrei Roman | 149

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  No dia 2 de outubro, no que a apuração das eleições avançava, avançava  também a surpresa. Muitos resultados diferiam bastante do esperado. As pesquisas eleitorais erraram?    Diante do questionamento, veículos de imprensa e responsáveis por  levantamentos de intenção de voto respondiam que não, as pesquisas não  erraram.  A negativa da resposta se baseava em diversos argumentos.  Um era o de que pesquisas mostram apenas um momento da corrida, não  prevendo o resultado final. Assim, não teriam como captar a tempo  mudanças de última hora.  Outro argumento era o da defasagem dos dados do Censo, que atrapalharia a  ponderação dos diversos estratos da população.  Diante da desconfiança do público, uma voz dissonante se fez ouvir:   Andrei Roman , CEO da AtlasIntel , cujas pesquisas mais se aproximaram dos  resultados finais nacionalmente e em diversos estados.  Cientista político e economista com doutorado em Harvard, Andrei é o  convidado deste #ForadaPolíticaNãoháSalvaçã

O país que sai das urnas | com Jairo Nicolau | 148

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As eleições de 2 de outubro produziram uma grande vitória eleitoral da direita, inclusive da extrema-direita bolsonarista. Isso ficou patente não só no desempenho acima do esperado de Bolsonaro na eleição presidencial, mas também no aumento da bancada direitista no Congresso e na vitória de governadores bolsonaristas em estados importantes. O bolsonarismo consolidou a direita como nunca antes desde o final da ditadura militar. Deu-lhe não só coesão, mas também maior assertividade ideológica. O Centrão, em vez de moderar Bolsonaro, radicalizou-se com ele.   O que explica esse fenômeno? Que país é esse que sai das urnas em 2022? Para compreender o que ocorreu e o que podemos esperar, este #ForadaPolíticaNãoháSalvação recebe o cientista político Jairo Nicolau , professor do FGV CPDOC e um dos principais pesquisadores brasileiros de partidos e eleições. Jairo Nicolau publicou algo recentemente o livro "O Brasil dobrou à direita: uma radiografia da eleição de Bolsonaro em 20

A religião distrai os pobres? | com Victor Araújo | 147

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Há um fenômeno político que, ao menos desde a eleição de 2018, tem chamado a atenção de analistas, estudiosos e do público em geral: a força de Jair Bolsonaro no eleitorado evangélico. Naquela eleição estima-se que cerca de 70% do voto evangélico foi para Bolsonaro, tendo um peso importante em sua vitória nas urnas. Em 2022 esse número caiu, mas ainda assim é alto: pouco mais de 50% dos evangélicos declaram que votarão para reeleger o presidente. O fenômeno, contudo, não é tão novo. A tendência conservadora, ou mesmo ultraconservadora, de grande parte do eleitorado evangélico se tem verificado em seguidas disputas eleitorais, nos três níveis de governo. O que explica esse fenômeno? E por que mesmo os evangélicos mais pobres têm esse viés conservador no voto, inclusive ao ponto de rechaçar partidos e políticos mais simpáticos a políticas de redistribuição da riqueza? É sua religiosidade que explica tal comportamento eleitoral? Para entender o fenômeno este #ForadaPolítica

O primeiro turno na reta final | com Lara Mesquita & Rafael Cortez | 146

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As eleições de 2022 se aproximam de um momento decisivo, entrando na  última semana de campanha antes do primeiro turno. Todas as atenções se voltam à disputa presidencial, pois diversas  pesquisas apontam a possibilidade de Lula vencer ainda no primeiro  turno.  A possibilidade aumenta com novos apoios ao ex-presidente vindo até de  opositores outrora ferrenhos, como Miguel Reale Jr., autor do pedido de  impeachment de Dilma Rousseff.  Reiteradas ameaças à democracia perpetradas por Jair Bolsonaro,  inconformado com uma provável derrota, alarmam setores políticos e  sociais, dentro e fora do Brasil.  O que se pode esperar dessa disputa que se avizinha? E as demais  eleições, para o Congresso e governos estaduais, que se pode esperar  delas?  Para discutir esses temas este #ForadaPolíticaNãoháSalvação recebe dois cientistas políticos, especialistas em questões eleitorais.  Uma é Lara Mesquita , professora da FGV EESP, pesquisadora do FGV CEPESP e do CEBRAP.  Outro é Ra

Mulheres no centro da disputa | com Camila Rocha | 145

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Já era sabido há muito tempo que uma das maiores fragilidades eleitorais  de Jair Bolsonaro estava no eleitorado feminino, em que sua rejeição é  muito alta. Diante dessa vulnerabilidade, a campanha bolsonarista procurou acenar a  esse eleitorado, principalmente pelo engajamento da primeira-dama,  Michelle.  Toda essa estratégia, contudo, foi prejudicada pela misoginia  incontrolável de Bolsonaro, externalizada no violento ataque verbal à  jornalista Vera Magalhães no primeiro debate presidencial. Não bastasse, ao tentar consertar o problema, o presidente proferiu  novas declarações de cunho machista – o que só piorou as coisas. Por fim, um deputado estadual bolsonarista, Douglas Garcia, repetiu os  mesmos ataques a Vera Magalhães por ocasião do debate entre os  candidatos ao governo paulista. Essa imitação da conduta presidencial prejudicou a imagem do títere de  Bolsonaro no Estado, Tarcísio de Freitas, com respingos para a campanha  presidencial.    Para entender tal