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Mostrando postagens de fevereiro, 2023

O papel do líder | com Aldo Fornazieri | 166

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A catástrofe natural que se abateu sobre o litoral norte paulista durante o Carnaval de 2023 ensejou rapidamente uma comparação entre o presidente Lula e seu antecessor, Jair Bolsonaro.   Em dezembro de 2021, enquanto Bolsonaro passava férias no litoral catarinense, divertindo-se num jet ski da Marinha, milhares de cidadãos eram flagelados por inundações no sul da Bahia. O então presidente não se condoeu de seus governados afetados pelas enxurradas. Manteve intocadas suas férias e declarou esperar não ter de interrompe-las por causa do desastre.   Desta feita, o presidente foi ao local se solidarizar com os afetados, articular-se com os governos estadual e municipal e mostrar que se importava com a situação. Ou seja, fez o óbvio. O que os dois episódios nos dizem sobre os estilos de liderança de cada um dos presidentes? Qual o papel do líder em situações assim? E, mais do que isso, qual o papel do líder na melhoria da sociedade? Para discutir tal tema , este #ForadaPolí

A extrema direita pós-Bolsonaro | com o Observatório da Extrema Direita | 165

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Findo seu governo, Bolsonaro deixa como um de seus legados mais tenebrosos um país mais radicalizado, com uma extrema direita expandida em relação ao momento de sua eleição. Qual será o futuro dessa extrema direita com seu principal líder e símbolo fora do governo? Ainda mais, o que será dela caso Bolsonaro seja posto para fora do jogo, preso ou inelegível? Para discutir tal tema, este #ForadaPolíticaNãoháSalvação recebe três pesquisadores do  Observatório da Extrema Direita , o principal grupo de pesquisa a reunir estudiosos do assunto no Brasil. Representando o OED, participam do episódio Fabio Gentile, professor de ciência política na  UFC ; Alexandre de Almeida, antropólogo e pós-doutorando em história na  UFJF ; e Vinícius Bivar, doutorando em história na  Freie Universität Berlin . Os Twitters dos convidados são: Fabio Gentile: @fabiogentile70 Alexandre de Almeida: @alexan_almeida Vinícius Bivar: @ViniciusBivar As músicas deste episódio são "Whats It to Ya Punk" do Audi

Lula e o Banco Central | com Daniela Campello | 164

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Desde a decisão do COPOM de manter a taxa básica de juros em 13,75% ao ano, o presidente Lula tem feito críticas duras ao Banco Central.   Para Lula, não há justificativa para taxa tão elevada – a mais alta do mundo atualmente. Suas críticas são referendadas por um dos pais do Plano Real, André Lara Resende. Debate-se ainda a desejabilidade ou não de manter a autonomia formal do Bacen.   Para escalar o problema contribuiu o alinhamento político de Roberto Campos Neto, presidente do Bacen, ao bolsonarismo. Em 2022 ele votou trajado como bolsonarista e integra um grupo de WhatsApp de ministros de Bolsonaro . Quão independente é um presidente de Banco Central tão alinhado ao bolsonarismo como é Roberto Campos Neto? Por outro lado, se o Bacen é autônomo, não pode ser criticado por membros do governo (em especial o presidente)? Tais críticas são inadequadas ou contraproducentes? Para discutir o tema, o #ForadaPolíticaNãoháSalvação recebe a cientista política Daniela Campello, pr

A articulação política do novo governo | com Eduardo Grin | 163

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O ano de 2023 começou agitado politicamente. Não só porque um novo governo tomava posse, mas pelo contexto em que isso ocorria. Após quatro anos de destruição bolsonaresca, o novo governo assumiu num cenário cheio de incertezas - inclusive com respeito à estabilidade democrática. Dito e feito, em 8 de janeiro uma intentona bolsonaresca vandalizou as sedes dos três poderes, aprofundando um cenário de crise e radicalização construído durante o quadriênio anterior.   Por outro lado, a reação a tal tentativa bolsonarista de golpe gerou união entre agentes políticos: os chefes dos três poderes, governadores de Estado e lideranças partidárias. Ainda assim, na disputa pela presidência das casas do Congresso, a hidra bolsonaresca voltou a levantar a cabeça com a candidatura do bolsonarista Rogério Marinho no Senado crescendo na reta final. Isso obrigou o governo a negociar mais para evitar a tomada da presidência do Senado pela extrema-direita golpista, que já verbalizava ameaça