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Mostrando postagens de junho, 2023

O Judiciário, ainda, no centro da política | com Lígia Madeira | 183

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Durante a segunda metade de junho de 2023, novamente, os tribunais superiores ocuparam o centro do palco político brasileiro. Enquanto o STF teve aprovado pelo Senado para compor seus quadros o advogado Cristiano Zanin, o TSE iniciou o julgamento que deve tornar o ex-presidente Jair Bolsonaro inelegível por 8 anos.   Já não é de hoje que a presença de atores do sistema de justiça ganha relevo na política brasileira. Nos últimos anos, em particular, as cortes ganharam protagonismo ao julgar envolvidos em escândalos de corrupção (Mensalão), deflagrar uma "santa inquisição" contra ela (Lava Jato) e decidir sobre temas polêmicos para os quais o Congresso foi incapaz de dar respostas claras.   Mais ainda, durante o quadriênio de Jair Bolsonaro as cortes superiores se notabilizaram como o principal bastião de resistência às investidas populista-autoritárias do presidente. O julgamento do TSE em junho é apenas mais uma etapa desse processo de contenção do autoritarismo bolsonaresc

Junho de 2013 dez anos depois | com Breno Bringel | 182

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Completa-se uma década das jornadas de junho de 2013. Desde então, muita coisa se transformou na política brasileira, inclusive com a ocorrência de uma série de crises, deflagrada naquela explosão das ruas. Iniciadas como um movimento de reivindicação por melhorias na mobilidade urbana – o que incluía a gratuidade do transporte público –, logo as jornadas se ampliaram e difundiram.   Espalharam-se não só pelo país, como atraíram novos setores sociais e políticos, inimagináveis no princípio das manifestações. À esquerda protagonizada inicialmente pelo Movimento Passe Livre (MPL), seguiu-se uma nova direita, radicalizada. Seria então possível dizer que o MPL pariu o MBL? Ou, na verdade, o processo deve ser entendido de outra forma? Qual o sentido de junho de 2013 à época? Qual seu legado e sua importância para o que veio depois? Para discutir tais temas este #ForadaPolíticaNãoháSalvação recebe o sociólogo Breno Bringel, professor e pesquisador do IESP da UERJ, estudioso

Que presidencialismo é esse? | com Andréa Freitas | 181

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Não vem sendo nada fácil a vida do governo Lula em sua relação com o Congresso Nacional. Diante da legislatura mais à direita desde a redemocratização e uma presidência da Câmara que capturou a coordenação antes a cargo dos líderes partidários, o Poder Executivo tem sido vítima de uma verdadeira extorsão nas negociações.   Isso dificulta a construção de uma base parlamentar, aumenta o custo das concessões políticas e cria riscos sérios para a governabilidade. Afinal, que presidencialismo é esse em que opera o governo Lula III? Que mudanças ocorreram para produzir tal cenário? O que as causou?   Para discutir tais temas, este #ForadaPolíticaNãoháSalvação recebe a cientista política Andréa Freitas, professora da Universidade de Campinas, onde integra o Centro de Estudos de Opinião Pública (CESOP). Andréa Freitas é também e pesquisadora do CEBRAP (Centro Brasileiro de Análise e Planejamento). Ela é uma das mais destacadas estudiosas das relações Executivo-Legislativo no Bra

O Brasil e seus vizinhos | com Míriam Saraiva | 180

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Durante os cinco primeiros meses de seu terceiro mandato presidencial, Lula deu prioridade à agenda internacional, visitando outros países e recebendo chefes de Estado e governo.   Um dos pontos centrais dessa sua agenda internacional, que busca colocar o Brasil de volta no cenário global, é a América Latina – e, mais especificamente, a América do Sul.   O ponto culminante do restabelecimento dessa relação com os vizinhos – após os conflituosos anos Bolsonaro – foi uma reunião dos doze presidentes sul-americanos em Brasília, numa tentativa de resgatar a Unasul. Contudo, assim como em sua visita à China, o evento foi ofuscado por declarações infelizes do presidente brasileiro : espantosos elogios ao ditador venezuelano, Nicolás Maduro, e ao regime autocrático instaurado no país vizinho – autocracia, aliás, que Lula teima reconhecer. Isso lhe rendeu críticas internas e também externas – inclusive de presidentes participantes da cúpula, como o chileno Gabriel Boric e o urug