Por que a democracia brasileira não morreu? | com Marcus André Melo & Carlos Pereira | 233
![Imagem](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEikAd5VPTqialZYSvybFUB-VHNKnyL4u9F5Xek9UIrT6DpOq3iCMkzzAXLh-OgFj-VcZsFoSahjmhMPI7ZNAWvnu0oV3bABhd40mBXhNcUcFw3gcYez3txDNCt2nYw7DtkWO6AKJ8NB6iVp-WW3zMkhnJ_D3ML-ssmS0KmiYxlH2355nN7YnL-1w_2ruC0/w640-h360/00%20Por%20que%20a%20democracia%20brasileira%20na%CC%83o%20morreu.gif)
Desde o final dos anos 1990, diversas democracias mundo afora entraram em processo de declínio, ou ao menos de captura por lideranças, movimentos ou partidos populistas, autoritários e iliberais. O primeiro caso foi o da Venezuela, que sucumbiu ao chavismo e viu erodir pouco a pouco sua até então longeva democracia (estabelecida pelo Pacto de Punto Fijo no final dos anos 1950). Tratava-se de um regime democrático repleto de problemas e oligarquizada, mas ainda assim, democrático. Deixou de sê-lo com a ascensão de Chávez ao poder. O autoritarismo populista ganhou terreno também em alguns países europeus como Turquia, Hungria e Polônia, seja pondo termo a jovens democracias estabelecidas em países com longa tradição autoritária, seja ao menos piorando significativamente a qualidade desses regimes. A onda populista autoritária chegou aos Estados Unidos com Donald Trump (que agora ameaça retornar ao poder), aprofundando uma tendência já verificada em estudos acadêmicos sobre a democracia: