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A sociedade brasileira após Bolsonaro | com Angela Alonso | 159

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O Brasil é um país com uma tradição de violência política. Nela se inscrevem as recentes manifestações golpistas promovidas por bolsonaristas, inconformados com o resultado da eleição presidencial.   Elas são, contudo, apenas uma das manifestações atuais desse problema. A violência política encontrou em nossa sociedade, violenta, um terreno fértil para se desenvolver. E isso seguirá um traço distintivo de nosso país. O que vai ficar na sociedade brasileira depois das eleições e depois que assumir o novo governo, como herança destes anos bolsonarescos? Que tradição violenta é essa e que outros episódios de nossa história são manifestações dela? Para discutir esse tema, este #ForadaPolíticaNãoháSalvação recebe Angela Alonso, socióloga, professora do Departamento de Sociologia da USP e pesquisadora do CEBRAP, o Centro Brasileiro de Análise e Planejamento. Angela Alonso tem também uma coluna quinzenal na Folha de S. Paulo , na qual discute temas da conjuntura política e soci

O governo em construção | com Maria Rita Loureiro | 158

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À medida que dezembro avança, o governo eleito de Luís Inácio Lula da Silva ganha contornos mais definidos, com a definição de alguns ministros e mesmo de membros do segundo escalão.   Contudo, o caráter de frente ampla, que marcou a campanha eleitoral, não se revelou com a mesma nitidez na formação do ministério em seus passos iniciais. Lula definiu o núcleo central do governo com indicações para a Fazenda, Casa Civil, Justiça, Defesa e Relações Exteriores. Também vazou o nome da indicada para o Ministério da Cultura. Mas e o resto?   Em paralelo a esse processo, o governo eleito negocia com o Congresso já em final de mandato a aprovação de uma importante medida para assegurar seu funcionamento: a PEC da Transição. Tudo indica que a negociação da PEC afeta as decisões relativas ao ministério e posterga decisões importantes, como o lugar de Simone Tebet no novo governo e o quinhão de partidos aliados. Para entender esse proceso, este #ForadaPolíticaNãoháSalvação recebe

Futebol e Política | com José Paulo Florenzano | 157

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Em tempos de Copa do Mundo, muitos assuntos acabam sendo relacionados a ela e ao futebol – um deles, a política.   E há razões de sobra para isso. Jogadores, técnicos, dirigentes, jornalistas e outras pessoas ligadas ao mundo do futebol se posicionam politicamente. Grandes eventos esportivos, como Olimpíadas e Copas, são instrumentalizados politicamente por governos, sejam democráticos, como Brasil 2014 e 2016 (neste caso, Olimpíada) ou autoritários, como China 2010, Rússia 2018 e Catar 2022.   No Brasil, particularmente, há uma longa história de entrelaçamento entre esportes e política, especialmente no caso do futebol: a Copa de 1970, a Democracia Corinthiana, as Diretas Já. Mas há mais do que isso. Que papel têm os grandes atletas em seus posicionamentos políticos? Como avaliar, por exemplo, Pelé, Sócrates, Reinaldo ou Zico. E Neymar? Para discutir tais temas , este #ForadaPolíticaNãoháSalvação recebe o antropólogo José Paulo Florenzano, professor da PUC-SP e estudios

Tá todo mundo louco? | com Sérgio Freire | 156

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Após a vitória de Lula no segundo turno das eleições presidenciais, grupos de Bolsonaristas rumaram para estradas e portas de quartéis, questionando o resultado das urnas e demandando um golpe de Estado que impedisse o presidente eleito de tomar posse.   Além da pauta golpista desses grupos, o fenômeno chamou a atenção por conta das muitas bizarrices que proporcionou: indivíduo que se agarra a um caminhão, pessoas clamando pelo socorro de extraterrestres, orações num "muro das lamentações", hino cantado para um pneu de trator, choro e ranger de dentes. O que explica tais comportamentos? Seria um surto coletivo? Teria o bolsonarismo se tornado uma seita que mobiliza hordas de fanáticos? Essas pessoas não temem o ridículo? Procurando entender esse fenômeno, este #ForadaPolíticaNãoháSalvação recebe Sérgio Freire, linguista e psicólogo clínico, professor da Universidade Federal do Amazonas, onde integra o LAPCRI (Laboratório de Psicanálise e Criação) e dirige a ed

O Brasil voltou? | com Dawisson Belém Lopes | 155

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Os anos de Jair Bolsonaro na Presidência foram marcados pelo crescente isolamento internacional do Brasil, convertido num pária global. Essa situação pode mudar com o novo governo Lula?   Os primeiros sinais a tal respeito foram bastante positivos. Antes mesmo da eleição, governantes europeus importantes, como os primeiros ministros de Portugal e Espanha, declararam apoio a Lula.   Logo após o anúncio da vitória do ex-presidente, diversos governos se apressaram em reconhecer o novo governante eleito. Destacadamente, Joe Biden, presidente dos EUA, congratulou Lula apenas 38 minutos após o anuncio de sua eleição pelo TSE. O primeiro ato importante do futuro presidente foi ir à COP 27, no Egito, onde foi saudado como pop star por autoridades governamentais e lideranças da sociedade civil. Lula foi ovacionado ao dizer que "o Brasil voltou". Pode-se então afirmar que voltou mesmo? Para discutir o tema este #ForadaPolíticaNãoháSalvação recebe Dawisson Belém Lopes, p