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Fake News em meio ao dilúvio | com Letícia Cesarino | 227

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Não bastasse a catástrofe climática que se abateu sobre o Rio Grande do Sul, uma nova enxurrada adveio: a de notícias falsas, desinformação. Seus produtores e difusores, como de costume, são a extrema-direita bolsonarista. Deputados, senadores, influenciadores digitais e simpatizantes se dedicaram a criar e espalhar mentiras relacionadas ao desastre das inundações. Tais fake news têm prejudicado os trabalhos daqueles empenhados em mitigar os danos causados pelas inundações e socorrer a população atingida. Membros das Forças Armadas são alvo de chacota e acusações infundadas. O governo federal e seus membros são apontados como omissos, apesar de terem se envolvido desde o início. Qual o interesse por trás desse tipo de prática, que já se observou durante a pandemia e nas eleições? Por que as fake news e teorias da conspiração se espalham tão rapidamente e são tão efetivas? Qual o impacto disso para a democracia? Para tratar desses temas  o #ForadaPolíticaNãoháSalvação recebe a antropólo

A tragédia ambiental anunciada | com Mariana Nicolletti & André Carvalho | 226

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A tragédia climática que se abateu sobre o Rio Grande do Sul não chega a ser surpreendente. Diante das mudanças do clima, era sabido que eventos extremos seriam cada vez mais frequentes e maiores. Para além das grandes transformações climáticas globais, contudo, é preciso atentar também para as medidas que vêm sendo tomadas por governos e casas legislativas nos três níveis da federação. Em 2023 o prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB) não investiu um único centavo na prevenção de enchentes e desastres naturais. No ano inaugural de seu primeiro mandato, o governador Eduardo Leite (PSDB) aprovou a toque de caixa uma ampla desregulação ambiental na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, relaxando medidas ambientais necessárias para a proteção ambiental. No Congresso Nacional dois deputados gaúchos, Alceu Moreira (MDB) e Lucas Redecker (PSDB) são os autores de um projeto de lei, aprovado na Comissão de Meio Ambiente da Câmara, que permite o desmatamento de áreas não florestai

Bolsonarismo moderado existe? | com Guilherme Casarões | 225

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Lideranças bolsonaristas têm procurado se apresentar ao eleitorado e à opinião pública como moderadas, mesmo mantendo seu apoio a Jair Bolsonaro, a despeito de tudo o que se sabe sobre suas tentativas de deflagrar um golpe de Estado e, consequentemente, uma ruptura democrática no Brasil. Tarcísio de Freitas, Ronaldo Caiado e Romeu Zema, em particular, tentam se apresentar como este oxímoro: "bolsonaristas moderados". Alguns analistas parecem levar a sério a possibilidade de que tal coisa exista, afirmando em colunas de jornal e rádio que esse "extremismo moderado" seria bem-vindo, ou simplesmente classificando tais extremistas de fala mansa como parte da "centro-direita". Faz algum sentido tal classificação? Tem nexo a ideia de um "bolsonarismo moderado"? Quais as implicações de levar tal ideia a sério? Que ameaças à democracia representa essa extrema-direita dissimulada ou com modos à mesa? Para discutir tal tema , este #ForadaPolíticaNãoháSalva

Revolução dos Cravos: 50 anos | com João Paulo Avelãs Nunes | 224

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Neste último 25 de abril completaram-se 50 anos da Revolução dos Cravos, que instaurou em Portugal, pela primeira vez, uma democracia.  Além de derrubar a mais longeva ditadura da Europa Ocidental – o Estado Novo português –, o Movimento das Forças Armadas (MFA) inaugurou a terceira onda de democratização. Em seu âmbito ocorreram as transições à democracia noutros países do sul da Europa (Espanha e Grécia), na América Latina, no Leste Europeu, na África e na Ásia. Hoje, quatro em cada cinco portugueses avaliam positivamente o 25 de Abril, mas ao mesmo tempo ganha terreno no país uma extrema-direita autoritária, racista e xenófoba, representada pelo partido Chega, saudoso do Salazarismo. Qual o significado do 25 de Abril? Qual a natureza do Estado Novo português, derrubado em 1974? Que mudanças a revolução dos capitães permitiu que ocorressem em Portugal desde então?  Para discutir tais temas , este #ForadaPolíticaNãoháSalvação recebe o historiador  João Paulo Avelãs Nu

A política econômica na berlinda | com Nelson Marconi | 223

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Na metade de abril o governo enviou ao Congresso sua proposta para a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Nela, ajustou as expectativas de resultado fiscal para um déficit de 0,25% do PIB em 2025 e déficit zero em 2026. Esses números representam um recuo em relação às metas bem mais ambiciosas estabelecidas anteriormente. A reação de agentes dos mercados foi, como se poderia esperar, ruim. O Real perdeu valor perante o Dólar e o Euro e o tom do noticiário econômico foi crítico e de desapontamento. Justifica-se essa percepção tão negativa acerca da política fiscal do governo Lula? Ou há muito estardalhaço para o que seria apenas um ajuste de rota diante das circunstâncias políticas desfavoráveis? Para discutir tais temas , este #ForadaPolíticaNãoháSalvação recebe o economista Nelson Marconi,  professor da FGV EAESP , onde coordena o curso de Administração Pública e o  Centro de Estudos do Novo Desenvolvimentismo . Marconi foi também o elaborador dos planos econômicos do candidato pres