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Mostrando postagens com o rótulo Conjuntura Política

O que quer a Rússia? | Com Antonio Gelis Filho | 117

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Como se temia, diante da movimentação de tropas russas junto à fronteira  ucraniana, a opção de Vladimir Putin foi mesmo pela invasão do país  vizinho. Todas as negociações tentando evitar a piora do cenário fracassaram. De  pouco valeram as tentativas dos governos da França e da Alemanha para  dissuadir o autocrata russo. Com isso, a crise entre Rússia, Ucrânia e OTAN escalou e a guerra  começou. Mas o que quer a Rússia com a invasão da Ucrânia? É que procuramos entender neste episódio do #ForadaPolíticaNãoháSalvação,  que tem como convidado Antônio Gelis Filho, professor de geopolítica da FGV EAESP, profundo conhecedor da realidade russa, Gelis explica quais são as  motivações russas, qual a natureza e as origens desse conflito, bem como  os riscos que ele enseja.     Twitter: @antoniogelisf    Música deste episódio: "Russian Dance", de Joey Pecoraro.    Apoie o #ForadaPolíticaNãoháSalvação e ajude o canal a se manter e  melhorar! Apoiadores contarão com agradecimentos nos

A Crise Rússia-Ucrânia | Com Cristina Pecequilo | #115

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A possível admissão da Ucrânia à OTAN deflagrou uma séria crise militar com sua gigantesca vizinha, a Rússia, que não a aceita.  Tropas russas foram enviadas para perto da fronteira dos dois países, iniciando exercícios militares. Espalhou-se o temor de uma invasão russa à ex-república soviética, sua vizinha. Com isso, muitas tratativas diplomáticas se iniciaram, com a participação dos grandes países da União Europeia e dos Estados Unidos. O que explica a deflagração de tal crise? Por que para a Rússia é inaceitável a entrada da Ucrânia na OTAN? O risco de uma guerra é real? Qual o sujeito oculto dessa crise? Para tratar desses temas, a convidada deste episódio do #ForadaPolíticaNãoháSalvação é Cristina Soreanu Pecequilo, professora de Relações Internacionais da Unifesp e dos programas de pós-graduação em RI da UFRJ e Santiago Dantas. Apoie o #ForadaPolíticaNãoháSalvação e ajude o canal e o podcast a se manterem e melhorarem! Apoiadores contarão com agradecimentos nos créditos dos epis

Eleições 2022 | O que dizem as pesquisas? Com Felipe Nunes | #114

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Muitas pesquisas de avaliação de governo e de intenção de voto para a Presidência da República têm sido feitas. De alguns meses para cá, há uma considerável estabilidade nas preferências eleitorais. O que isso significa? Um dos principais institutos a fazer levantamentos nacionais é a Quæst Consultoria e Pesquisa, com pesquisas contratadas pela  Genial Investimentos . A pesquisa presencial realizada no início de fevereiro confirma a estabilidade das escolhas dos eleitores. Para compreender o que explica essa estabilidade e o que mais os dados nos dizem, este #ForadaPolíticaNãoháSalvação convidou o cientista político Felipe Nunes, diretor da Quæst e professor da UFMG. Felipe Nunes pode ser acompanhado em seu Twitter:  @felipnunes  ou pelo Instagram:  @professorfelipenunes Agradecemos aos novos apoiadores do #ForadaPolíticaNãoháSalvação Adriano Gatti Ana Viana Beth De Brasília Claudia Marcondes Cristina Gimene Erika Cunha Júlio Gonçalves Rocha Joao Paulo José Silva Kelvin Bressan Luís Pa

O bolsonarismo autofágico | originalmente publicado no Valor Econômico em 07.02.2020

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O bolsonarismo autofágico Desconfiado de tudo e todos, exceto da família, Bolsonaro faz de aliados, inimigos, devorando-os; mas eles podem voltar Saturno (Cronos) devora seus filhos. Francisco Goya. Museu do Prado. Na mitologia grega, Urano, deus supremo surgido após o caos, uniu-se a Gaia para gerar uma descendência. Porém, temeroso da traição dos filhos, os Titãs, enterrou-os no ventre da esposa. “Aqui mando eu e ninguém mais!”, dizia. Gaia, farta da tirania, propôs a um dos filhos, Cronos, que depusesse Urano e governasse o universo. Munido da foice dada pela mãe, Cronos castrou o progenitor e imperou sobre seu sangue. Cronos, como o pai, bradava: “Aqui mando eu e ninguém mais!”. Sabendo que teria filhos, virtuais traidores, ordenou à mãe, Reia, que lhos entregasse para os devorar, um a um. Desse fado se salvou apenas Zeus, que a mãe ardilosamente substituiu por uma pedra, engolida sem que o genitor notasse. Mais tarde, também Zeus se voltou contra o pai, fê-lo regurgitar os irmãos

O governo dos invertidos | publicado originalmente no Valor Econômico em 17.12.2020

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O governo dos invertidos O governo Bolsonaro não tem interesse no sucesso da vacinação contra a Covid-19; por isso, sabota-a todo o tempo Num dos episódios do ótimo podcast produzido pela Revista Piauí, “Retrato Narrado”, sobre a vida de Jair Bolsonaro, um dos amigos de juventude do atual presidente da República revela a forma como era conhecido quando garoto pelos amigos do Vale do Ribeira: invertido. O apelido se devia ao peculiar raciocínio do jovem Jair, na percepção dos conterrâneos. Pode-se dizer que essa lógica invertida o acompanhou ao longo da vida e, sem dúvida, caracteriza seu governo. E, se há uma área em que tal inversão se revela de forma cabal, é a política de saúde, ao lidar com a Covid-19. A lógica do governo sabota as suas próprias políticas Preocupado com os efeitos da doença sobre a economia, o presidente instou os brasileiros a não esmorecer, como fariam “maricas”. Em vez disso, conclamou todos a enfrentarem de peito aberto a “gripezinha”, continuando a trabalhar

Como destruir um pais | publicado originalmente no Valor Econômico em 07.01.2021

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Como destruir um país O Programa Nacional de Imunizações é um legado positivo do regime militar, que o governo Bolsonaro está destruindo A agenda do combate à corrupção culminou, em 2018, na eleição de Jair Bolsonaro. Trata-se de agenda negativa pois, mais do que propor um programa de governo, alardeia a necessidade de limpar o país. Um dos equívocos dessa agenda (não o único) está na suposição de que, feito isso, o resto se resolve sozinho, ou quase. Contra “a roubalheira do PT”, o que alguns definiram como uma “escolha difícil” foi, para outros, uma decisão fácil: “Bolsonaro e os militares, pelo menos, não são corruptos”, diziam. Que o republicanismo não é atributo dessa turma já ficou evidente na tour de force em defesa do clã Bolsonaro e suas rachadinhas, bem como nas benesses concedidas a militares pela atual gestão - por exemplo, ganharam um novo plano de carreira, enquanto outros foram agraciados com a reforma previdenciária; e asseguraram um cabideiro de empregos federais sufic