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Mostrando postagens com o rótulo Democracia

O partido contra o governo | com Pedro Floriano Ribeiro | 173

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Desde o início do terceiro governo Lula, ou mesmo antes dele começar, são tensas as relações entre a direção partidária do PT e membros da equipe governamental. Antes da formação do ministério, dirigentes vetaram alguns nomes cogitados para compor a equipe. Depois, outros tiveram suas cabeças pedidas – como o titular das Comunicações, Juscelino Filho.   Contudo, nada expressa melhor o atrito do que as críticas da presidente do partido, Gleisi Hoffmann, a políticas preconizadas pelo titular da Fazenda, Fernando Haddad.   Nisso, a atual presidente do PT repete um padrão já visto em administrações da legenda, desde seus primórdios na prefeitura de Diadema, conquistada há quarenta anos por Gilson Menezes. O que explica a relação sempre tensa entre as instâncias partidárias e os governos do partido? É o PT, sob tal aspecto, diferente de outras agremiações? Para discutir o tema, este #ForadaPolíticaNãoháSalvação recebe Pedro Floriano Ribeiro, cientista político, professor da p

O papel do líder | com Aldo Fornazieri | 166

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A catástrofe natural que se abateu sobre o litoral norte paulista durante o Carnaval de 2023 ensejou rapidamente uma comparação entre o presidente Lula e seu antecessor, Jair Bolsonaro.   Em dezembro de 2021, enquanto Bolsonaro passava férias no litoral catarinense, divertindo-se num jet ski da Marinha, milhares de cidadãos eram flagelados por inundações no sul da Bahia. O então presidente não se condoeu de seus governados afetados pelas enxurradas. Manteve intocadas suas férias e declarou esperar não ter de interrompe-las por causa do desastre.   Desta feita, o presidente foi ao local se solidarizar com os afetados, articular-se com os governos estadual e municipal e mostrar que se importava com a situação. Ou seja, fez o óbvio. O que os dois episódios nos dizem sobre os estilos de liderança de cada um dos presidentes? Qual o papel do líder em situações assim? E, mais do que isso, qual o papel do líder na melhoria da sociedade? Para discutir tal tema , este #ForadaPolí

A articulação política do novo governo | com Eduardo Grin | 163

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O ano de 2023 começou agitado politicamente. Não só porque um novo governo tomava posse, mas pelo contexto em que isso ocorria. Após quatro anos de destruição bolsonaresca, o novo governo assumiu num cenário cheio de incertezas - inclusive com respeito à estabilidade democrática. Dito e feito, em 8 de janeiro uma intentona bolsonaresca vandalizou as sedes dos três poderes, aprofundando um cenário de crise e radicalização construído durante o quadriênio anterior.   Por outro lado, a reação a tal tentativa bolsonarista de golpe gerou união entre agentes políticos: os chefes dos três poderes, governadores de Estado e lideranças partidárias. Ainda assim, na disputa pela presidência das casas do Congresso, a hidra bolsonaresca voltou a levantar a cabeça com a candidatura do bolsonarista Rogério Marinho no Senado crescendo na reta final. Isso obrigou o governo a negociar mais para evitar a tomada da presidência do Senado pela extrema-direita golpista, que já verbalizava ameaça

A Intentona e os Militares | com Piero Leirner | 161

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A intentona bolsonaresca de 8 de janeiro teve nas Forças Armadas atores centrais. País afora, instalações militares serviram de abrigo a golpistas que clamavam por um golpe de Estado.   Apesar dessas serem áreas de segurança sob jurisdição das Forças, golpistas acampados contaram com sua complacência e mesmo sua participação no movimento, por meio de parentes, reservistas ou até militares da ativa em trajes civis. Depois, por ocasião do ataque às sedes dos três poderes em Brasília, o que viu foi complacência - ou até colaboração - de militares com golpistas. A Guarda Presidencial foi dispensada na véspera dos atos pelo Gabinete de Segurança Institucional, ainda coalhado de bolsonaristas indicados pelo Gal. Augusto Heleno.   No QG do Exército, a polícia do DF foi impedida por soldados de prender acampados, conforme determinação do ministro do STF, Alexandre de Moraes. No dia seguinte o presidente Lula apontou o dedo para os militares, acusando-os de passividade e afirma

A Intentona Bolsonaresca | com Jacqueline Sinhoretto & Rubens Glezer | 160

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O 8 de Janeiro de 2022 ficará marcado como o dia em que a base bolsonarista tentou um golpe de Estado, motivada pelas teorias da conspiração de seu líder. Milhares de pessoas invadiram e depredaram as sedes dos três poderes, destruindo o patrimônio físico, artístico e histórico. Tentaram também destruir a democracia, mas fracassaram nesse intento.   A reação institucional foi forte e rápida. O presidente Lula decretou a intervenção federal na segurança do Distrito Federal, depois confirmada pelo Congresso. O STF afastou o governador do DF por 90 dias. Depois, foi decretada a prisão do comandante da Polícia Militar do DF no dia da tentativa de golpe, assim como do então secretário de Segurança Pública, o bolsonarista Anderson Torres. O que explica o episódio? Como chegamos a esse ponto? Qual a responsabilidade das forças policiais? E como se pode analisar a atuação do Supremo Tribunal Federal nesse episódio? Para entender essas questões , este #ForadaPolíticaNãoháSalvação