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Mostrando postagens com o rótulo Democracia

O papel do líder | com Aldo Fornazieri | 166

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A catástrofe natural que se abateu sobre o litoral norte paulista durante o Carnaval de 2023 ensejou rapidamente uma comparação entre o presidente Lula e seu antecessor, Jair Bolsonaro.   Em dezembro de 2021, enquanto Bolsonaro passava férias no litoral catarinense, divertindo-se num jet ski da Marinha, milhares de cidadãos eram flagelados por inundações no sul da Bahia. O então presidente não se condoeu de seus governados afetados pelas enxurradas. Manteve intocadas suas férias e declarou esperar não ter de interrompe-las por causa do desastre.   Desta feita, o presidente foi ao local se solidarizar com os afetados, articular-se com os governos estadual e municipal e mostrar que se importava com a situação. Ou seja, fez o óbvio. O que os dois episódios nos dizem sobre os estilos de liderança de cada um dos presidentes? Qual o papel do líder em situações assim? E, mais do que isso, qual o papel do líder na melhoria da sociedade? Para discutir tal tema , este #ForadaPolí

A articulação política do novo governo | com Eduardo Grin | 163

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O ano de 2023 começou agitado politicamente. Não só porque um novo governo tomava posse, mas pelo contexto em que isso ocorria. Após quatro anos de destruição bolsonaresca, o novo governo assumiu num cenário cheio de incertezas - inclusive com respeito à estabilidade democrática. Dito e feito, em 8 de janeiro uma intentona bolsonaresca vandalizou as sedes dos três poderes, aprofundando um cenário de crise e radicalização construído durante o quadriênio anterior.   Por outro lado, a reação a tal tentativa bolsonarista de golpe gerou união entre agentes políticos: os chefes dos três poderes, governadores de Estado e lideranças partidárias. Ainda assim, na disputa pela presidência das casas do Congresso, a hidra bolsonaresca voltou a levantar a cabeça com a candidatura do bolsonarista Rogério Marinho no Senado crescendo na reta final. Isso obrigou o governo a negociar mais para evitar a tomada da presidência do Senado pela extrema-direita golpista, que já verbalizava ameaça

A Intentona e os Militares | com Piero Leirner | 161

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A intentona bolsonaresca de 8 de janeiro teve nas Forças Armadas atores centrais. País afora, instalações militares serviram de abrigo a golpistas que clamavam por um golpe de Estado.   Apesar dessas serem áreas de segurança sob jurisdição das Forças, golpistas acampados contaram com sua complacência e mesmo sua participação no movimento, por meio de parentes, reservistas ou até militares da ativa em trajes civis. Depois, por ocasião do ataque às sedes dos três poderes em Brasília, o que viu foi complacência - ou até colaboração - de militares com golpistas. A Guarda Presidencial foi dispensada na véspera dos atos pelo Gabinete de Segurança Institucional, ainda coalhado de bolsonaristas indicados pelo Gal. Augusto Heleno.   No QG do Exército, a polícia do DF foi impedida por soldados de prender acampados, conforme determinação do ministro do STF, Alexandre de Moraes. No dia seguinte o presidente Lula apontou o dedo para os militares, acusando-os de passividade e afirma

A Intentona Bolsonaresca | com Jacqueline Sinhoretto & Rubens Glezer | 160

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O 8 de Janeiro de 2022 ficará marcado como o dia em que a base bolsonarista tentou um golpe de Estado, motivada pelas teorias da conspiração de seu líder. Milhares de pessoas invadiram e depredaram as sedes dos três poderes, destruindo o patrimônio físico, artístico e histórico. Tentaram também destruir a democracia, mas fracassaram nesse intento.   A reação institucional foi forte e rápida. O presidente Lula decretou a intervenção federal na segurança do Distrito Federal, depois confirmada pelo Congresso. O STF afastou o governador do DF por 90 dias. Depois, foi decretada a prisão do comandante da Polícia Militar do DF no dia da tentativa de golpe, assim como do então secretário de Segurança Pública, o bolsonarista Anderson Torres. O que explica o episódio? Como chegamos a esse ponto? Qual a responsabilidade das forças policiais? E como se pode analisar a atuação do Supremo Tribunal Federal nesse episódio? Para entender essas questões , este #ForadaPolíticaNãoháSalvação

O governo em construção | com Maria Rita Loureiro | 158

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À medida que dezembro avança, o governo eleito de Luís Inácio Lula da Silva ganha contornos mais definidos, com a definição de alguns ministros e mesmo de membros do segundo escalão.   Contudo, o caráter de frente ampla, que marcou a campanha eleitoral, não se revelou com a mesma nitidez na formação do ministério em seus passos iniciais. Lula definiu o núcleo central do governo com indicações para a Fazenda, Casa Civil, Justiça, Defesa e Relações Exteriores. Também vazou o nome da indicada para o Ministério da Cultura. Mas e o resto?   Em paralelo a esse processo, o governo eleito negocia com o Congresso já em final de mandato a aprovação de uma importante medida para assegurar seu funcionamento: a PEC da Transição. Tudo indica que a negociação da PEC afeta as decisões relativas ao ministério e posterga decisões importantes, como o lugar de Simone Tebet no novo governo e o quinhão de partidos aliados. Para entender esse proceso, este #ForadaPolíticaNãoháSalvação recebe