Postagens

Mostrando postagens com o rótulo Política Brasileira

A articulação política do novo governo | com Eduardo Grin | 163

Imagem
O ano de 2023 começou agitado politicamente. Não só porque um novo governo tomava posse, mas pelo contexto em que isso ocorria. Após quatro anos de destruição bolsonaresca, o novo governo assumiu num cenário cheio de incertezas - inclusive com respeito à estabilidade democrática. Dito e feito, em 8 de janeiro uma intentona bolsonaresca vandalizou as sedes dos três poderes, aprofundando um cenário de crise e radicalização construído durante o quadriênio anterior.   Por outro lado, a reação a tal tentativa bolsonarista de golpe gerou união entre agentes políticos: os chefes dos três poderes, governadores de Estado e lideranças partidárias. Ainda assim, na disputa pela presidência das casas do Congresso, a hidra bolsonaresca voltou a levantar a cabeça com a candidatura do bolsonarista Rogério Marinho no Senado crescendo na reta final. Isso obrigou o governo a negociar mais para evitar a tomada da presidência do Senado pela extrema-direita golpista, que já verbalizava ameaça

O Holocausto Yanomami | com Estevão Senra & Rodrigo Chagas | 162

Imagem
Dentre as várias áreas de políticas públicas destroçadas durante o governo Bolsonaro, figuram de forma destacada as políticas indigenista e ambiental.   Uma das facetas desse processo de destruição é o desmonte das políticas sanitárias para as populações originárias. Outra é o estímulo à invasão de terras indígenas por garimpeiros. As consequências são as piores possíveis para os indígenas e para o meio ambiente nas terras por eles habitadas. Isso ficou claro com a situação trágica vivida pelos Yanomami em Roraima.   Alastramento da malária, intoxicação por mercúrio, falta de alimentos, falta de medicamentos e de assistência à saúde produziram centenas de mortos, doentes e desnutridos. Um verdadeiro holocausto. Não se trata, contudo, de algo acidental. A dizimação da população Yanomami é uma política intencional do bolsonarismo e dos militares que integraram seu governo. Isso está expresso em declarações, doutrina e ações. Como compreender tal contexto? Quais os fundam

A Intentona e os Militares | com Piero Leirner | 161

Imagem
A intentona bolsonaresca de 8 de janeiro teve nas Forças Armadas atores centrais. País afora, instalações militares serviram de abrigo a golpistas que clamavam por um golpe de Estado.   Apesar dessas serem áreas de segurança sob jurisdição das Forças, golpistas acampados contaram com sua complacência e mesmo sua participação no movimento, por meio de parentes, reservistas ou até militares da ativa em trajes civis. Depois, por ocasião do ataque às sedes dos três poderes em Brasília, o que viu foi complacência - ou até colaboração - de militares com golpistas. A Guarda Presidencial foi dispensada na véspera dos atos pelo Gabinete de Segurança Institucional, ainda coalhado de bolsonaristas indicados pelo Gal. Augusto Heleno.   No QG do Exército, a polícia do DF foi impedida por soldados de prender acampados, conforme determinação do ministro do STF, Alexandre de Moraes. No dia seguinte o presidente Lula apontou o dedo para os militares, acusando-os de passividade e afirma

A Intentona Bolsonaresca | com Jacqueline Sinhoretto & Rubens Glezer | 160

Imagem
O 8 de Janeiro de 2022 ficará marcado como o dia em que a base bolsonarista tentou um golpe de Estado, motivada pelas teorias da conspiração de seu líder. Milhares de pessoas invadiram e depredaram as sedes dos três poderes, destruindo o patrimônio físico, artístico e histórico. Tentaram também destruir a democracia, mas fracassaram nesse intento.   A reação institucional foi forte e rápida. O presidente Lula decretou a intervenção federal na segurança do Distrito Federal, depois confirmada pelo Congresso. O STF afastou o governador do DF por 90 dias. Depois, foi decretada a prisão do comandante da Polícia Militar do DF no dia da tentativa de golpe, assim como do então secretário de Segurança Pública, o bolsonarista Anderson Torres. O que explica o episódio? Como chegamos a esse ponto? Qual a responsabilidade das forças policiais? E como se pode analisar a atuação do Supremo Tribunal Federal nesse episódio? Para entender essas questões , este #ForadaPolíticaNãoháSalvação

A sociedade brasileira após Bolsonaro | com Angela Alonso | 159

Imagem
O Brasil é um país com uma tradição de violência política. Nela se inscrevem as recentes manifestações golpistas promovidas por bolsonaristas, inconformados com o resultado da eleição presidencial.   Elas são, contudo, apenas uma das manifestações atuais desse problema. A violência política encontrou em nossa sociedade, violenta, um terreno fértil para se desenvolver. E isso seguirá um traço distintivo de nosso país. O que vai ficar na sociedade brasileira depois das eleições e depois que assumir o novo governo, como herança destes anos bolsonarescos? Que tradição violenta é essa e que outros episódios de nossa história são manifestações dela? Para discutir esse tema, este #ForadaPolíticaNãoháSalvação recebe Angela Alonso, socióloga, professora do Departamento de Sociologia da USP e pesquisadora do CEBRAP, o Centro Brasileiro de Análise e Planejamento. Angela Alonso tem também uma coluna quinzenal na Folha de S. Paulo , na qual discute temas da conjuntura política e soci