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Mostrando postagens com o rótulo Populismo

O Caminho da Autocracia | com Conrado Hübner Mendes, Marina Slhessarenko e Mariana Amaral | 179

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As democracias mundo afora têm experimentado, desde o final do século passado, um processo de retrocesso, ou de recessão democrática, nos termos de Larry Diamond.   Assim, menos países são democráticos hoje do que há vinte anos e muitas democracias são menos democráticas do que eram antes.   De que forma esses processos se dão nas diversas experiências nacionais? De que maneira o governo de Jair Bolsonaro se inscreve nessa linhagem? Para discutir tais temas , este #ForadaPolíticaNãoháSalvação recebe pesquisadores do LAUT (Centro de Análise da Liberdade e do Autoritarismo), autores de um novo livro sobre o assunto. A obra e "O Caminho da Autocracia: estratégias atuais de erosão democrática" , publicada pela Tinta-da-China Brasil. Contamos com a participação de três dos cinco autores do livro: Conrado Hübner Mendes, professora da Faculdade Direito da USP, coordenador do LAUT e colunista da Folha ; Marina Shlessarenko Barreto, doutoranda em ciência política na USP; e

Ideologia: uma pra viver | com Juliana Fratini | 142

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Em meados dos anos 1980, Cazuza eternizou um verso de sua canção, "Ideologia". Era ele: "Ideologia: quero uma pra viver". De fato, ideias a respeito do mundo, em particular acerca da política, dão sentido à vida . Que rumo seguimos como cidadãos e cidadãs? Que rumos seguem aqueles que escolhemos para governar ou que, por vezes, nos são impostos? Esse é o tema deste #ForadaPolíticaNãoháSalvação e também do livro organizado por Juliana Fratini, cientista política, doutoranda na PUC SP e estudiosa da relação entre gênero e política – particularmente a atuação das mulheres, o que é objeto de outra obra que organizou: "As Princesas de Maquiavel".   No volume "Ideologia: uma para viver - as teorias que orientam o pensamento político atual" , ela reúne trabalhos de diversos pesquisadores sobre variados temas atinentes à questão ideológica:  tecnologia, desinformação, latino-americanismo, democracia, partidos políticos, social-democracia, popul

Bolsonarismo: linguagem da destruição | Com Miguel Lago | 124

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O que explica a resiliência de Jair Bolsonaro, que apesar do desastre como governo e na provisão de políticas públicas, mantém uma considerável popularidade e assegura ao mandatário um patamar considerável de intenções de voto? A oposição se vê atônita com a forma de agir do ex-capitão do Exército, marcada pelo uso da hiperconectividade das redes sociais e lançando mão de uma política mística, tanto para governar como para amealhar o apoio de uma base social fiel – em vários sentidos que a palavra "fiel" comporta.   Trata-se de um governo reacionário, voltado à "destruição como forma de constituição de uma utopia regressiva" – como enunciado na introdução ao livro. Destrói-se o Estado administrativo brasileiro, suas instituições e suas políticas. Mas há algo a ser construído? Se houver, do que se trata? O bolsonarismo fala muito de liberdade. Porém, qual a noção de liberdade bolsonaresca? Seria a de fazer "o que der na telha"? Seria a liber

Olavo morreu. E agora? Com Michele Prado | #113

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A morte de Olavo de Carvalho deixou a extrema-direita brasileira, e o bolsonarismo em particular, sem seu principal formulador intelectual. Qual o significado da perda desse quadro para esses setores políticos? Para entender esse problema, inclusive compreendendo as influências da extrema-direita mundo afora, o #ForadaPolíticaNãoháSalvação conversou com Michele Prado, autora do livro "Tempestade Ideológica. Bolsonarismo: a Alt-Right e o Populismo Iliberal no Brasil". Nesse trabalho, a autora estuda as origens do pensamento de Olavo de Carvalho e suas influências no bolsonarismo, bem como as relações entre ambos e a extrema-direita internacional – temas de que tratou também em nossa conversa. O livro pode ser adquirido no seguinte site:  https://tempestadeideologica.lojavirtualnuvem.com.br/  ou contatando diretamente a autora por meio do Twitter: @MichelePradoBa Leia o blog do #FPNS no Site da CartaCapital. Apoie o #ForadaPolíticaNãoháSalvação e ajude o canal a se manter e mel

O bolsonarismo autofágico | originalmente publicado no Valor Econômico em 07.02.2020

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O bolsonarismo autofágico Desconfiado de tudo e todos, exceto da família, Bolsonaro faz de aliados, inimigos, devorando-os; mas eles podem voltar Saturno (Cronos) devora seus filhos. Francisco Goya. Museu do Prado. Na mitologia grega, Urano, deus supremo surgido após o caos, uniu-se a Gaia para gerar uma descendência. Porém, temeroso da traição dos filhos, os Titãs, enterrou-os no ventre da esposa. “Aqui mando eu e ninguém mais!”, dizia. Gaia, farta da tirania, propôs a um dos filhos, Cronos, que depusesse Urano e governasse o universo. Munido da foice dada pela mãe, Cronos castrou o progenitor e imperou sobre seu sangue. Cronos, como o pai, bradava: “Aqui mando eu e ninguém mais!”. Sabendo que teria filhos, virtuais traidores, ordenou à mãe, Reia, que lhos entregasse para os devorar, um a um. Desse fado se salvou apenas Zeus, que a mãe ardilosamente substituiu por uma pedra, engolida sem que o genitor notasse. Mais tarde, também Zeus se voltou contra o pai, fê-lo regurgitar os irmãos

Fascismo e nazismo no Brasil atual, com Michel Gherman | #104

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  Nas últimas semanas vêm crescendo as manifestações de caráter nazista no Brasil. Em Porto Alegre, um estudante de doutorado em filosofia da UFRGS atacou de forma racista um colega negro e outro judeu; manifestantes antivacina levaram à Câmara Municipal um cartaz com a suástica estampada, além de insultarem vereadoras negras. Antes disso, a reforma do piso do Parque da Redenção, em Porto Alegre, revelou desenhos que parecem ser suásticas, inclusive nas cores do nazismo - preto e vermelho. Em Pelotas, uma estudante de história da UFPEL celebrou seu aniversário com um bolo em que era estampada uma imagem de Adolf Hitler. A revista IstoÉ ilustrou sua capa retratando Jair Bolsonaro como Adolf Hitler, o que gerou a ira de bolsonaristas. A Advocacia Geral da União exigiu retratação da revista, sugerindo até uma nova capa; o ministro da Justiça decidiu instaurar um inquérito contra a revista. Finalmente, uma farta coleção de itens nazistas foi encontrada na residência de um homem acusado de