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O espólio dos Bolsonaro | com Carolina Botelho | 168

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Diante da grande possibilidade de Jair Bolsonaro ser tornado inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral, uma disputa é travada por seu espólio político. Mas quem compete por ele?   Por um lado, há os membros da família Bolsonaro, integrantes de seu empreendimento político-familiar. Dentre os filhos, Eduardo desponta como o mais talhado a seguir os passos do pai. Contudo, a figura mais reluzente atualmente e a da ex-primeira dama, Michelle Bolsonaro. Ela ganhou destaque durante a campanha e tem tido protagonismo no PL, partido da Família no momento.   Porém, os eventos recentes, como o escândalo das joias das Arábias, atingiram também a Michelle - além, claro, de produzir mais um grande estrago para Jair, o patriarca. Por fim, lideranças emergentes nos estados, beneficiárias da onda bolsonarista, também disputam esse nicho. É o caso de Romeu Zema (MG), Tarcísio de Freitas (SP) e Cláudio Castro (RJ). Para discutir o tema , este #ForadaPolíticaNãoháSalvação recebe a cienti

Desastres nada naturais | com Fernando Nogueira & Francisco Comarú | 167

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A catástrofe humana ocorrida no litoral norte paulista, nos municípios de Bertioga, São Sebastião, Caraguatatuba e Ubatuba, repete um padrão visto todos os anos em diversos municípios brasileiros.   Pessoas pobres, sem opção de moradia que não sejam áreas de risco – em decorrência da falta de políticas públicas habitacionais e de gestão do território – são as vítimas recorrentes desses eventos extremos.   É impróprio, contudo, chamá-los de desastres naturais, pois suas causas são artifícios sociais: desigualdade, ação humana sobre o meio ambiente, (falta de) regulação da ocupação do território, falta de políticas sociais e especulação imobiliária. Além disso, falta-nos também uma política de gestão de riscos que permita lidar com tais problemas em tempo hábil, evitando o pior - isto é, a perda de vidas humanas. Para discutir o assunto , este #ForadaPolíticaNãoháSalvação recebe dois convidados dedicados a lidar com tal feixe de temas. Um é Fernando Rocha Nogueira, geólogo,

O papel do líder | com Aldo Fornazieri | 166

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A catástrofe natural que se abateu sobre o litoral norte paulista durante o Carnaval de 2023 ensejou rapidamente uma comparação entre o presidente Lula e seu antecessor, Jair Bolsonaro.   Em dezembro de 2021, enquanto Bolsonaro passava férias no litoral catarinense, divertindo-se num jet ski da Marinha, milhares de cidadãos eram flagelados por inundações no sul da Bahia. O então presidente não se condoeu de seus governados afetados pelas enxurradas. Manteve intocadas suas férias e declarou esperar não ter de interrompe-las por causa do desastre.   Desta feita, o presidente foi ao local se solidarizar com os afetados, articular-se com os governos estadual e municipal e mostrar que se importava com a situação. Ou seja, fez o óbvio. O que os dois episódios nos dizem sobre os estilos de liderança de cada um dos presidentes? Qual o papel do líder em situações assim? E, mais do que isso, qual o papel do líder na melhoria da sociedade? Para discutir tal tema , este #ForadaPolí

A extrema direita pós-Bolsonaro | com o Observatório da Extrema Direita | 165

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Findo seu governo, Bolsonaro deixa como um de seus legados mais tenebrosos um país mais radicalizado, com uma extrema direita expandida em relação ao momento de sua eleição. Qual será o futuro dessa extrema direita com seu principal líder e símbolo fora do governo? Ainda mais, o que será dela caso Bolsonaro seja posto para fora do jogo, preso ou inelegível? Para discutir tal tema, este #ForadaPolíticaNãoháSalvação recebe três pesquisadores do  Observatório da Extrema Direita , o principal grupo de pesquisa a reunir estudiosos do assunto no Brasil. Representando o OED, participam do episódio Fabio Gentile, professor de ciência política na  UFC ; Alexandre de Almeida, antropólogo e pós-doutorando em história na  UFJF ; e Vinícius Bivar, doutorando em história na  Freie Universität Berlin . Os Twitters dos convidados são: Fabio Gentile: @fabiogentile70 Alexandre de Almeida: @alexan_almeida Vinícius Bivar: @ViniciusBivar As músicas deste episódio são "Whats It to Ya Punk" do Audi

Lula e o Banco Central | com Daniela Campello | 164

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Desde a decisão do COPOM de manter a taxa básica de juros em 13,75% ao ano, o presidente Lula tem feito críticas duras ao Banco Central.   Para Lula, não há justificativa para taxa tão elevada – a mais alta do mundo atualmente. Suas críticas são referendadas por um dos pais do Plano Real, André Lara Resende. Debate-se ainda a desejabilidade ou não de manter a autonomia formal do Bacen.   Para escalar o problema contribuiu o alinhamento político de Roberto Campos Neto, presidente do Bacen, ao bolsonarismo. Em 2022 ele votou trajado como bolsonarista e integra um grupo de WhatsApp de ministros de Bolsonaro . Quão independente é um presidente de Banco Central tão alinhado ao bolsonarismo como é Roberto Campos Neto? Por outro lado, se o Bacen é autônomo, não pode ser criticado por membros do governo (em especial o presidente)? Tais críticas são inadequadas ou contraproducentes? Para discutir o tema, o #ForadaPolíticaNãoháSalvação recebe a cientista política Daniela Campello, pr