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Mostrando postagens com o rótulo Militarismo

1964: 60 anos do golpe | com Marcos Napolitano | 220

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O golpe militar de 1964 completa 60 anos neste 31 de março. Ou será no 1º de abril? É momento oportuno para se refletir sobre o regime castrense, após 4 anos de um novo governo militar, liderado pelo "mau militar", pela "anormalidade" Jair Bolsonaro – nas palavras do ex-presidente da ditadura, general Ernesto Geisel. Por vezes se denomina como "ditadura civil-militar" aquele período. Seria essa a forma mais adequada de denominar aquele regime autoritário? Também é comum se apontar como elemento central daquela era uma divisão dos fardados em dois grupos antagônicos. De lado estaria a "linha branda", ou moderada, os castelistas, a Sorbonne. Doutro lado perfilaria a "linha dura", os radicais, a turma do porão. Costuma-se vincular a este segundo grupo a responsabilidade pelas torturas e pelas mortes e desaparecimentos forçados de opositores. Adviria dela também o núcleo duro castrense do governo bolsonarista – com destaque para o general A

O golpe tentado do bolsonarismo | com Emílio Peluso Neder Meyer | 214

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Na operação mais impactante das investigações sobre o golpismo bolsonaresco, a Tempus Veritatis, ou "Hora da Verdade", a Polícia Federal atingiu o âmago do bolsonarismo, revelando o envolvimento direto do ex-presidente e de seu estrelado entorno militar numa tentativa de solapar o resultado eleitoral de 2022. Um imenso cabedal de provas foi apresentado, envolvendo documentos impressos, trocas de mensagens e até mesmo o vídeo de uma reunião de discussão do golpe entre Jair Bolsonaro e seus ministros. Nessa ocasião, além de falar em "virar a mesa", o general Augusto Heleno, então chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), sugere até mesmo infiltrar agentes da Abin em campanhas adversárias. Em trocas de mensagens com um oficial de baixa patente expulso do Exército, o general Walter Braga Netto, ex-ministro chefe da Casa Civil e candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro, desfere ofensas contra colegas de farda que resistiam a embarcar na aventura golpis

Investigações sobre o 8 de Janeiro | com Amarilis Costa | 175

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Abril termina com diversas investigações acerca da Intentona Bolsonaresca do 8 de Janeiro avançando ou sendo abertas.   No Congresso, por iniciativa da oposição bolsonarista, instala-se uma CPMI para investigar os eventos, na tentativa de inverter a culpa, passando-a do bolsonarismo para o governo Lula.   No âmbito judicial são tornados réus centenas de bolsonaristas golpistas presentes nos acampamentos antidemocráticos e presos após vandalizarem as sedes dos três poderes da República. Que importância têm as investigações neste momento? O que se pode esperar delas? Como se pode analisar as iniciativas nos âmbitos judicial, policial e congressual? Para discutir tais temas este #ForadaPolíticaNãoháSalvação recebe Amarilis Costa, advogada, diretora da Rede Liberdade, mestre em Ciências Humanas e doutoranda em Direitos Humanos na USP. As músicas deste episódio são "So Lost" do MK2 e "Dark Alley Deals", de Aaron Kenny. Leia o blog do #ForadaPolíticaNão

O imbróglio do general | com Chico Teixeira | 174

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Pouco mais de três meses após a intentona bolsonaresca do 8 de janeiro, quando militares envolvidos nela foram ouvidos em inquérito comandado pelo STF, surgem vídeos comprometedores para o GSI.   Esses vídeos comprometem o então ministro do Gabinete de Segurança Institucional, general Gonçalves Dias, um dos raros militares próximos do presidente Lula.   Causou impacto sua presença no Palácio do Planalto durante a invasão de golpistas bolsonaristas, ladeado por servidores do GSI que mostravam simpatia pelos vândalos, inclusive lhes dando água. O que explica esse vídeo só ter vazado agora? Qual o papel dos militares no Gabinete de Segurança Institucional? Gonçalves Dias foi cúmplice ou vítima dos militares golpistas? Para discutir tais temas e o que lhes cerca , este #ForadaPolíticaNãoháSalvação recebe Francisco Carlos Teixeira da Silva, ou apenas Chico Teixeira, professor titular de história da Universidade Federal do Rio de Janeiro Chico Teixeira tem larga experiência c

A Intentona e os Militares | com Piero Leirner | 161

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A intentona bolsonaresca de 8 de janeiro teve nas Forças Armadas atores centrais. País afora, instalações militares serviram de abrigo a golpistas que clamavam por um golpe de Estado.   Apesar dessas serem áreas de segurança sob jurisdição das Forças, golpistas acampados contaram com sua complacência e mesmo sua participação no movimento, por meio de parentes, reservistas ou até militares da ativa em trajes civis. Depois, por ocasião do ataque às sedes dos três poderes em Brasília, o que viu foi complacência - ou até colaboração - de militares com golpistas. A Guarda Presidencial foi dispensada na véspera dos atos pelo Gabinete de Segurança Institucional, ainda coalhado de bolsonaristas indicados pelo Gal. Augusto Heleno.   No QG do Exército, a polícia do DF foi impedida por soldados de prender acampados, conforme determinação do ministro do STF, Alexandre de Moraes. No dia seguinte o presidente Lula apontou o dedo para os militares, acusando-os de passividade e afirma