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Mostrando postagens com o rótulo Partidos Políticos

Operação Impeachment | com Fernando Limongi | Primeira Parte | 177

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O que causa um impeachment? Ou, mais especificamente, o que causou o impeachment de Dilma Rousseff? Foi o "povo nas ruas"? Foi uma reação de elites retrógradas contra políticas progressistas? Ou foi outra coisa?   Segundo Fernando Limongi em seu novo livro, "Operação Impeachment: Dilma Rousseff e o Brasil da Lava Jato", a causa principal foi a implosão da coalizão governamental e o impulso dado a ela pela Operação Lava Jato. Eis o tema deste #ForadaPolíticaNãoháSalvação especial, composto de dois episódios. Esta é a primeira parte, que continua no episódio da semana seguinte. Fernando Limongi é cientista político, professor aposentado do Departamento de Ciência Política da USP e professor da Escola de Economia de São Paulo da FGV. É também docente do programa de pós-graduação em ciência política da USP e pesquisador do CEBRAP.   As músicas deste episódio são "The Receiver" do Letter Box e "Mission Dub" do TrackTribe. Leia o bl

Rumos do nosso sistema político | com Jairo Nicolau | 176

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Há uma grande transformação em curso no sistema político brasileiro, que transcende a atual polarização entre Lula e Bolsonaro. Trata-se de uma reestruturação das correlações de forças, que se reflete no sistema partidário.   A reforma eleitoral de 2017, o aumento dos recursos à disposição dos partidos e mudanças sociais e econômicas profundas têm alterado a composição do sistema partidário, concentrando poder à direita e à esquerda do espectro. Essa é a discussão que o cientista político Jairo Nicolau traz a este #ForadaPolíticaNãoháSalvação. Jairo Nicolau é professor e pesquisador do CPDOC da Fundação Getulio Vargas e um dos principais estudiosos de partidos e eleições no Brasil. As músicas deste episódio são "This is not a ballad" do True Cuckoo e "Bright Eyed Blues", do Unicorn Heads. Leia o blog do #ForadaPolíticaNãoháSalvação no site da CartaCapital⁠. Apoie o e ajude o canal e o podcast a se manter e a melhorar! Apoiadores  contarão com agra

O partido contra o governo | com Pedro Floriano Ribeiro | 173

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Desde o início do terceiro governo Lula, ou mesmo antes dele começar, são tensas as relações entre a direção partidária do PT e membros da equipe governamental. Antes da formação do ministério, dirigentes vetaram alguns nomes cogitados para compor a equipe. Depois, outros tiveram suas cabeças pedidas – como o titular das Comunicações, Juscelino Filho.   Contudo, nada expressa melhor o atrito do que as críticas da presidente do partido, Gleisi Hoffmann, a políticas preconizadas pelo titular da Fazenda, Fernando Haddad.   Nisso, a atual presidente do PT repete um padrão já visto em administrações da legenda, desde seus primórdios na prefeitura de Diadema, conquistada há quarenta anos por Gilson Menezes. O que explica a relação sempre tensa entre as instâncias partidárias e os governos do partido? É o PT, sob tal aspecto, diferente de outras agremiações? Para discutir o tema, este #ForadaPolíticaNãoháSalvação recebe Pedro Floriano Ribeiro, cientista político, professor da p

O país que sai das urnas | com Jairo Nicolau | 148

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As eleições de 2 de outubro produziram uma grande vitória eleitoral da direita, inclusive da extrema-direita bolsonarista. Isso ficou patente não só no desempenho acima do esperado de Bolsonaro na eleição presidencial, mas também no aumento da bancada direitista no Congresso e na vitória de governadores bolsonaristas em estados importantes. O bolsonarismo consolidou a direita como nunca antes desde o final da ditadura militar. Deu-lhe não só coesão, mas também maior assertividade ideológica. O Centrão, em vez de moderar Bolsonaro, radicalizou-se com ele.   O que explica esse fenômeno? Que país é esse que sai das urnas em 2022? Para compreender o que ocorreu e o que podemos esperar, este #ForadaPolíticaNãoháSalvação recebe o cientista político Jairo Nicolau , professor do FGV CPDOC e um dos principais pesquisadores brasileiros de partidos e eleições. Jairo Nicolau publicou algo recentemente o livro "O Brasil dobrou à direita: uma radiografia da eleição de Bolsonaro em 20

O primeiro turno na reta final | com Lara Mesquita & Rafael Cortez | 146

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As eleições de 2022 se aproximam de um momento decisivo, entrando na  última semana de campanha antes do primeiro turno. Todas as atenções se voltam à disputa presidencial, pois diversas  pesquisas apontam a possibilidade de Lula vencer ainda no primeiro  turno.  A possibilidade aumenta com novos apoios ao ex-presidente vindo até de  opositores outrora ferrenhos, como Miguel Reale Jr., autor do pedido de  impeachment de Dilma Rousseff.  Reiteradas ameaças à democracia perpetradas por Jair Bolsonaro,  inconformado com uma provável derrota, alarmam setores políticos e  sociais, dentro e fora do Brasil.  O que se pode esperar dessa disputa que se avizinha? E as demais  eleições, para o Congresso e governos estaduais, que se pode esperar  delas?  Para discutir esses temas este #ForadaPolíticaNãoháSalvação recebe dois cientistas políticos, especialistas em questões eleitorais.  Uma é Lara Mesquita , professora da FGV EESP, pesquisadora do FGV CEPESP e do CEBRAP.  Outro é Ra

O Estado de Espírito do Eleitorado | 130 | Com Nara Pavão & Silvana Krause

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As eleições de 2022 apresentam dois cenários distintos nos planos nacional e estadual. Nacionalmente se consolida a bipolarização entre Lula e Bolsonaro, com pouquíssimo espaço para outros concorrentes, mas nos estados a disputa ainda está em aberto. O que explica tal quadro? O que poderia mudá-lo?   O sistema partidário brasileiro tem passado por significativas transformações, ainda que a hiperfragmentação permaneça. Se, por um lado, o PT segue como um polo organizador da disputa nacional – devido ao petismo e ao antipetismo –, nenhum outro partido consegue desempenhar papel similar. O PSDB, que por duas décadas polarizou com o PT nas disputas presidenciais, com desdobramentos em alguns estados, desmilinguiu. Seu candidato presidencial, João Dória, não sobreviveu à impopularidade e ao boicote dentro de seu próprio partido, que segue conflagrado. O bolsonarismo, porém, que logrou (com sucesso eleitoral) substituir o PSDB na polarização com o PT em 2018, não tem ancoragem