Postagens

Mostrando postagens com o rótulo Relações Internacionais

Genocídio em Gaza | com Salem Nasser | 211

Imagem
Já passam de 25 mil os palestinos mortos por Israel na Faixa de Gaza na atual incursão militar; dois terços das vítimas são crianças e mulheres. A infraestrutura de Gaza foi amplamente devastada: residências, escolas, hospitais, universidades, mesquitas. Nada escapa à fúria destrutiva israelense.   Diante do morticínio incessante e das demonstrações de que se trata não apenas de uma ação defensiva ou de aniquilação de um grupo terrorista, mas de um processo de retaliação coletiva e inviabilização da vida de palestinos naquele território, a África do Sul instaurou procedimentos contra Israel na Corte Internacional de Justiça, em Haia.   Essa ação acusa Israel de promover e não evitar o genocídio de palestinos em Gaza, pedindo medidas provisórias de cessação das hostilidades. As reações de Israel e de muitos de seus apoiadores mundo afora foram violentas, desqualificando o pleito sul-africano. Por outro lado, a iniciativa sul-africana também foi apoiada por dezenas de países, dentre eles

A guerra, a terra e a lei | com Paulo Borba Casella | 199

Imagem
O conflito entre Israel e o Hamas continua escalando. Aos atentados terroristas que sofreu em 7 de outubro, Israel reage de forma brutal: priva palestinos de água, comida, energia e medicamentos; bombardeia de forma inclemente a Faixa de Gaza, destruindo residências, templos, escolas e hospitais, produzindo milhares de mortes de civis. Diante dessa nova carnificina, forma-se uma mobilização de atores internacionais visando deter a punição coletiva ou, ao menos, criar salvaguardas mínimas à população palestina sitiada. A tentativa de diversas nações naufraga no Conselho de Segurança da ONU com o veto dos Estados Unidos, uma vez mais perfilado ao lado de Israel a despeito de qualquer coisa. Qual o papel das organizações multilaterais diante de uma calamidade como essa? A lei internacional tem condições de produzir algo de concreto, ou será novamente ignorada por Israel com o beneplácito americano, como tem ocorrido sistematicamente desde 1948? Para discutir tais temas , este #ForadaPolít

A espiral de violência entre Israel e Palestina | com Hussein Kalout | 198

Imagem
No sábado, 7 de outubro de 2023, um grande ataque terrorista foi perpetrado pela milícia do Hamas contra civis israelenses, muitos deles jovens participantes de uma festa rave organizada proximamente à Faixa de Gaza. Em reação a tal violência, o governo de Israel iniciou uma brutal operação militar contra Gaza, sob o pretexto de se defender e destruir o Hamas.   Nessa reação, milhares de civis palestinos, ao menos um terço deles crianças, foram mortos e tiveram suas moradias destruídas. O cerco israelense a Gaza também incluiu o corte de energia, água e suprimentos, numa punição coletiva à população do lugar.   Foi anunciada também uma incursão por terra em Gaza, sendo a população local advertida que deveria deixar a parte norte do território, pois a ação militar principiaria por lá. Ao menos um milhão de pessoas iniciaram um movimento rumo ao sul da faixa – uma das áreas com a maior densidade humana do planeta, mantida reclusa como numa prisão. A ONU criticou a ação, a

Lula, a ONU e o mundo | com Fernanda Magnotta | 195

Imagem
Na terça-feira, 19 de setembro de 2023, Lula fez seu primeiro discurso na ONU em seu terceiro mandato presidencial. Na fala o presidente reforçou o compromisso da política externa brasileira com o multilateralismo e o respeito à legalidade internacional.   Ele também reivindicou uma reforma dos organismos multilaterais, tornando-os mais equitativos no tratamento dos diferentes países, com distintos poderios econômico, político e militar. Outros pontos enfatizados pelo chefe de Estado brasileiro foram a necessidade de se combater a desigualdade e as mudanças climáticas.   O discurso marcou uma volta da política externa brasileira à normalidade, após quatro anos de descalabro e isolamento. O pronunciamento também ajudou Lula a atenuar estragos de recentes declarações improvisadas e desastradas, acerca da invasão russa da Ucrânia, do papel do Tribunal Penal Internacional e do regime político venezuelano. Para entendermos esses e outros pontos, o #ForadaPolíticaNãoháSalvação

O Brasil e seus vizinhos | com Míriam Saraiva | 180

Imagem
Durante os cinco primeiros meses de seu terceiro mandato presidencial, Lula deu prioridade à agenda internacional, visitando outros países e recebendo chefes de Estado e governo.   Um dos pontos centrais dessa sua agenda internacional, que busca colocar o Brasil de volta no cenário global, é a América Latina – e, mais especificamente, a América do Sul.   O ponto culminante do restabelecimento dessa relação com os vizinhos – após os conflituosos anos Bolsonaro – foi uma reunião dos doze presidentes sul-americanos em Brasília, numa tentativa de resgatar a Unasul. Contudo, assim como em sua visita à China, o evento foi ofuscado por declarações infelizes do presidente brasileiro : espantosos elogios ao ditador venezuelano, Nicolás Maduro, e ao regime autocrático instaurado no país vizinho – autocracia, aliás, que Lula teima reconhecer. Isso lhe rendeu críticas internas e também externas – inclusive de presidentes participantes da cúpula, como o chileno Gabriel Boric e o urug